O Sepultura vai acabar? Aparentemente sim, mas crescem as dúvidas a respeito das convicções de seus integrantes a respeito do fim. As declarações são dúbias á medida que a turnê de despedida avança, com encerramento programado para o fim d 2926,
Cada vez naus falante e desenvolto, o guitarrista Andreas Kisser, o líder da banda, dispara sinais contraditórios sobre a parada do Sepultura, sempre aventando a possibilidade de uma volta no futuro. Então não é o fim de verdade?
Em conversa com o jornalista e apresentador Gastão Moreira, no programa “Kazagastão/KZG”, no YouTube, Kisser comentou sobre a última turnê e o final programado para o fim do ano que vem com um provável show m São Paulo, no Allianz Parque, com convidados.
“O fim da banda foi planejado há tempos e está consolidado”, disse o guitarrista. “Decidimos que era hora de parar em um momento em que estamos no auge. O futuro? Quem sabe? Não dá para dizer que nunca voltaremos ou qu o Sepultura está enterrado definitivamente.”
Essa dubiedade coloca em xeque a própria credibilidade do Sepultura, algo impensável até agora dado o impecável histórico ético e de postura íntegra da banda. É claro que adversários e detratores sempre vão existir e alguns apostaram, desde o anúncio do fim, que era uma jogada de marketing, algo sempre rechaçado pelos integrantes do grupo de thrash metal brasileiro.
Símbolo cultural e artístico internacional do Brasil, o Sepultura surpreendeu ao decretar os eu fim ao final de 2023, programando para três anos depois. Mesmo com longa trajetória de 40 anos, seis músicos ainda são novos e com bom tempo de carreira pela frente.
Foram vários os motivos alegados por Kisser para a parada da banda, embora nada tenha sido cravado de forma conclusiva. Pareceu claro que havia um esgotamento físico, mental e artístico, com o esgarçamento profissional diante as exigências de um mercado diferente e que evolução, ao mesmo tempo em que as mudanças nos hábitos de ouvir música colocam em dúvida a validade e de investir em uma carreira cercada de indefinições.
Ao aventar a hipótese de uma volta no futuro, mesmo que seja por apenas alguns shows, é um indicativo d falta de convicção sobre o fim, definitivo, algo comum, a centenas de bandas que ao longo da história acabaram para ressuscitar anos depois.
Ao anunciar uma parada temporária, ainda que por tempo indeterminado, o Angra escolheu um caminho menos pantanoso e perigoso, preservando a sua história e o seu legado. É uma forma de escapar de eventuais dramas e questionamento.
Tarimbado e inteligente, Kisser não ardiloso ou maquiavélico para arquitetar uma tremenda jogada de marketing e manipular a paixão por um dos maiores nomes do rock pesado do mundo.
Dois anos depois de anunciar oficialmente que o Sepultura acabaria em 2026, o guitarrista parece estar se dando conta de que o fim é mesmo uma realidade e que, ao se apegar uma hipotética reunião no futuro, ameniza o sentimento de perda.
Seja como for, a dubiedade não agrega sentimentos positivos e, desnecessariamente, atrai a sanha destrutiva de detratores e “haters” de todos os tipos, além de confundir os verdadeiros fãs.