Renascimento do Genesis ganha novas reedições

Os mais recentes relançamentos do catálogo da Atlantic via Analogue Productions são “A Trick of he Tail” (1976) e “Abacab” (1980), dois exemplares de como o Genesis, um pilar do rock progressivo, se reinventou depois da saída do vocalista Peter Gabriel em 1975.

Contando com o auxílio luxuoso de dois monstros na bateria nos shows – Bill Bruford (ex-Yes e King Crimson) e Chester Thompson -, o então quarteto se sentiu ´vontade para fazer a transição e apoiar o baterista Phil Collins, que assumiu os vocai.

A banda ficou menos pretensiosa, mas a ambição era a mesma, especialmente em “A Trick ot he tail”, o primeiro álbum sem Gabriel e com Collins na liderança de palco.

O sétimo álbum de estúdio do Genesis foi lançado em fevereiro de 1976 pela Charisma Records e foi o primeiro a apresentar Collins como vocalista principal após a saída de Peter Gabriel.

O álbum foi um sucesso de crítica e público no Reino Unido e nos Estados Unidos, alcançando o 3º e o 31º lugar, respectivamente. “A Trick Of The Tail” foi um álbum marcante para a banda e ainda hoje é considerado um dos seus melhores, com clássicos como “Dance On A Volcano” e “Squonk”.

Após a saída de Peter Gabriel da banda, os membros restantes do Genesis estavam determinados a seguir em frente, demonstrando sua habilidade como compositores e gravadores na ausência de seu icônico vocalista. Esse período marcou a gênese de “A Trick of the Tail”

“Abacab” é um álbum de transição e radicaliza a tenência de soar mais pop e acessível, principalmente após a saída do guitarrista Steve Hackett.

Ainda era rock progressivo, mas a guinada musical das composições de Tony Banks e Mike Rutherford, complementadas por Collins, indicava que o Genesis queria mudar e ampliar seu público, ccmo realmente ocorreu nos anos 80 com os álbuns Genesis” e “Invisible Touch”,

Hugh Padgham foi o engenheiro responsável pelo som de bateria com abusando de algo chamado “reverb gated”, que definiu a década de 1980. Como resultado, a bateria de Phil Collins tem uma definição incrível em toda a gravação.

Os teclados de Tony Banks frequentemente se destacam na mixagem, surgindo e desaparecendo tridimensionalmente durante a faixa-título ou preenchendo o campo sonoro com acordes exuberantes em “Keep It Dark”.

Um grande destaque é “Dodo/Lurker”, onde o baixo de Mike Rutherford atinge seu ápice, e a variação tonal dos vocais de Collins confere às diferentes partes da faixa uma caracterização distinta.”

O Genesis lançou quatro singles do álbum, sendo os mais bem-sucedidos “Abacab” e “No Reply at All”, juntamente com “Man on the Corner”. A ampla execução nas rádios ajudou a impulsionar o sucesso comercial do álbum.

O álbum foi produzido por Hugh Padgham, conhecido por seu trabalho com outros artistas de sucesso como Phil Collins e The Police. Suas técnicas de produção, incluindo o som de bateria com reverb gated, contribuíram para o som moderno e radiofônico do álbum.

O Genesis sempre foi sinônimo de grandeza e inovação, tanto em suas eletrizantes apresentações ao vivo quanto em seus álbuns de estúdio pioneiros. De clássicos atemporais como Nursery Cryme, Foxtrot e Selling England By The Pound, ao épico álbum conceitual The Lamb Lies Down On Broadway, a banda consistentemente ultrapassou os limites da criatividade musical.

Ao longo de quatro décadas notáveis, o Genesis deixou uma marca indelével na indústria da música, tendo vendido a impressionante marca de 150 milhões de álbuns em todo o mundo. Sua influência se estende por toda parte, inspirando artistas que vão do indie rock do Elbow aos sons experimentais do The Flaming Lips, e até mesmo à ressonância soul de Jeff Buckley. A Trick of the Tail é um testemunho de seu legado duradouro e de sua capacidade de se adaptar e prosperar diante da mudança.

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