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Slayer (FOTO: MARTIN HUSLER?DIVULGAÇÃO)

Quem é que vai nos representar? Um mundo sem Slayer e Rage Against the Machine é um mundo mais pobre e deficiente sem em engajamento e ativismo. na verdade, é um mundo o rock perde a capacidade de ofender e incomodar.

Não é de hoje que o Rage Against the Machine faz falta. A sua chegada a qualquer cidade incomoda, deixa os políticos e administradores preocupados. O que será que esses caras vão falar e fazer? Vão incitar alguma violência?

Não é apenas o fato de ser uma banda progressista, que faz questão de ressaltar, viver é proliferar ideias diferentes e de maior justiça social. 

O anúncio de que não forão mais shows provavelmente indica o fim da banda e a disseminação  de um discurso que reverbera pouco no mundo do rock em tempos de avanço do extremismo de todos os tipos.

 Rage Against é sinônimo de progressismo, mas também de esclarecimento e de engajamento em causas alternativas e, principalmente, de ativismo para dar visibilidade a pautas desprezadas por governos, políticos e mídia hegemônica. 

São apenas quatro discos, mas com músicas poderosas que ofendem os poderosos e donos do poder. que incomodam os conservadores que tê ojeriza a qualquer tipo de apoio ao combate à pobreza ou injustiça social.

Sim, são músicos de esquerda e com vasto histórico de apoio a partidos e organizações vinculadas ao comunismo, mas alguém precisava encampar esse discurso para equilibrar o jogo. 

A quantiade de conservadorismo que tomou conta do mundo pop neste século é impressionante e preocupante. Rage Against the Machine representava muito gente e se contrapunha ao mundo pasteurizado e dominado por visões hegemônicas de um mundo capitalista e desorganizado.

No caso do Slayer, há algum tempo sepultado, a questão nunca foi política especificamente, É uma questão institucional contra uma sociedade que insiste em impor valores religiosos que atentam contra o bom senso e a inteligência.

Slayer sempre incomodou porque fazia questão de ofender o mundo religioso conservador, entre outros ataques. Com violência e virulência demolia cleros e religiões, dogmas e discursos repressivos/opressivos. 

À sua maneira, os quatro eram libertários e contra qualquer tipo de tutela. “Raining Blood” e “Angels of Death” são pauladas violentas contra a hipocrisia.

Estamos bem servidos no Brasil de bandas com atitude e contestadoras, que denunciam as mazelas sociais e as sacanagens das classes dominantes. Em nível internacional, estamos meios órfãos. Slayer e Rage Against the Machine fazem muita falta.