Viper relança ‘Tem Para Todo Mundo’ com alerações regravações

Não ter medo de arriscar sempre foi uma as características da banda paulistana Viper, uma das pioneiras do heavy metal nacional. Quando sentiu que não estava acompanhando o reconhecimento internacional de Angra e Sepultura nos anos 90, decidiu mudar radicalmente para abraçar o pop rock.

Não deu certo, mas foi um passo bastante corajoso para artistas incapazes de se acomodarem. O disco “Tem Para Todo Mundo”, fr 1996, tinha músicas em português e nada que lembrasse o metal dos primórdios, mas tinha boas ideias e composições que chamariam a atenção do Capital Inicial – o baixista Pit Passarell colaboraria com a banda e seu irmão mais novo, Yves, logo entraria para o quarteto.

Pata iniciar as celebrações de seus 40 anos de carreira, abanda escolheu justamente o seu trabalho mais polêmico para ser relançado agora, com a manutenção de partes originais, regravação de outras parres e adição de alguns arranjos.

A ideia é simples: por não ter sido bem recebido à época, haveria espaço parta sofrer algumas alterações. É uma decisão bastamnte duvidosa, mas muito corajosa – epois de 40 anos, o Viper não precisa provar nada, afinal de contas;

Com a morte de Pit Passarell no ano passado, o guitarrista Felipe Machado pe o único membro original ainda no Viper. Ele mantém o comando da nau e vem definindo os rumos há tempos. “Apesar de ter sido um álbum polêmico na época do lançamento, porque trazia um som mais pop e letras em português, hoje vejo que os fãs têm um carinho especial por essas músicas”, afirma o guitarrista no esquema de divulgação do relançamento.

Para ele, era um passo natural devido à demanda por uma revisão do trabalho. “Há anos que as pessoas me abordam e pedem esse relançamento. O mundo era muito diferente trinta anos atrás, o que parecia inaceitável em termos de sonoridade, atualmente parece algo normal”.

A versão de 2025, que comemora os 40 anos de carreira da icônica banda brasileira de heavy metal, usou a ferramenta de inteligência artificial MOISES para recuperar os vocais originais de Pit, além de partes instrumentais gravadas pelo guitarrista Yves Passarell e pelo baterista Renato Graccia. Felipe gravou todas as guitarras, dando à obra um caráter bem diferente – mais pesado e moderno em relação à original.

“Tem Para Todo Mundo” traz participações de artistas como Dado Villa-Lobos (Legião Urbana), Alvin L., Yves Passarell, Roger Rocha Moreira, Ivo Meirelles, Funk ‘n’ Lata, entre outros.

O álbum foi gravado por Pit Passarell (baixo e vocais), Felipe Machado e Yves Passarell (guitarras) e Renato Graccia (bateria). A edição original foi produzida pelo renomado Mayrton Bahia (Legião Urbana) enquanto a atual foi regravada e produzida por Val Santos e Felipe. As artes foram assinadas por Fernanda Victorello.

Como o álbum não fez o sucesso esperado, a banda passou por uma crise de criatividade e entrou em longo hiato de mais de dez anos, principalmente depois que Yves Passarell substituiu Loro Jones no Capital Inicial,

O heavy metal em inglês seria retomado em “All My Life”, em 20089, com mudanças de formação e novo vocalista, Ricardo Bocci, mas nem assim a coisa engrenou.

Foi necessário a volta do vocalista original, André Matos (ex-Amgra e Shaman, 1971-2019) para uma turnê comemorativa para que as coisas voltassem aos trilhos. Como combinado, Matos só faria a turnê, que durou mais de um ano, e voltaria para a carreira solo, mas isso foi fundamental para a restruturação com a efetivação de Leandro Caçoilo nos vocais a partir de 3015. O último trabalho de inéditas é “Timelesse”, de 2022.

Compartilhe...