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– Aneurose – 
Banda do interior mineiro ressurge com força como o disco “Made in Rage”, um  trabalho maduro e coeso que tem guitarras mais pesadas e temas mais abrangentes. A fúria de “Ruptura”, primeira música divulgada, é bem calibrada e equilibrada com composições fortes como “Sinner” e “That’s It”. “Firemaker” é outra boa canção, pesada e extrema, com guitarras trovejantes em uma mistura de heavy metal tradicional e thrash metal. Certamente será um dos destaques do ano no metal nacional.

– Mortticia – Banda gaúcha que superou os primeiros anos de dificuldades e que lança o bom disco “A Light in the Black”. A pretensão é fazer heavy tradicional com cara de anos 2000, e o resultado é bom. As canções são muito técnicas e cheias de arranjos sem que o tédio domine. Mesmo que esse CD não seja clássico, reúne um conjunto de músicas de muito potencial, ou seja, a qualidade predomina em todos os sentidos. “Hear My Words” é a mais forte e o destaque do álbum.

 Ruins of Elysium – Uma banda ousada que faz algo diferente, mesmo que nada original. Metal sinfônico e gótico? Tem isso também, mas há interessantes sons de metal oriental e elementos de música africana, latina e celta. “Amphitrite: Ancient Sanctuary in the Sea” é um trabalho desafiador e ambicioso, que reúne temas caros ao pessoal da banda, como as causas ambientais e diversidade de gênero. O resultado é irregular, mas longe de ser ruim. O cantor Drake Chrisdensen é o destaque, com interpretações grandiosas e precisas, tentando emular com certa eficiência artistas do mundo lírico. Não é uma audição fácil, mas a banda merece crédito tentar fazer algo diferenciado.

– Masmorra – Mais um nome forte da cena roqueira nacional volta com garra e eficiência em “Siga em Frente”, um hard rock potente e que coloca a banda ombro a ombro com bandas como Mattilha, Baranga e Carro Bomba. As letras são bem sacadas, em português, e as guitarras estão colocadas bem à frente, mostrando muita qualidade no material criado. “Nunca Mais” é o carro-chefe do trabalho.

– Carpatus – O nome já entrega que se trata de um grupo de black metal. “Tormenta” é uma bela obra do gênero, com músicas fortes e um clima destruidor que realmente assusta. A variação de letras em inglês e português não atrapalha e compõe um painel interessante. “Despertar Para a Escuridão” é o exemplo maior da boa qualidade deste disco, onde o clima de terror é o destaque – muito peso e distorção, criando um belo ambiente de fim de mundo. “Penumbra” e “A Night for a Murder” são outros destaques, evidenciando um apuro técnico e na elaboração de arranjos.