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Call the Police (FOTO: DIVULGAÇÃO)

O Brasil exerce uma atração inexplicável para alguns astros do rock. Seja pelo clima, pelo ambiente cultural ou simplesmente pelo exotismo, alguns não arredam pé daqui, e aproveitam para gadtar um pouco de dinheiro, tempo e torrar um pouco no sol tropical.

Mick Jagger e Keith Richards, dos Rolling Stones, curtiam o exotismo brasileiro entre 1968 e 1978, vindo várias vezes ao país no período. 

Steve Hackett (ex-Genesis) e Jim Capaldi (ex-Traffic) se casaram com brasileiras e adoravam o país. Steve Winwood, Nick Cave, Paul Di’Anno (Iron Maiden),Wayne Hussey (The Mission) e Chyssie Hynde (Pretenders) se encantaram de tal forma por São Paulo que chegaram a morar por na cidade.Patrick Moraz, suíço que tocou teclados no Yes, casou com brasileira e morou no Rio, e Jon Anderso, vocalsta da mesma banda, é m apaixonado por São Paulo e Belo Horizonte. A lista é grande, e inclui Andy Summers, ex-guitarrista de The Police, habitual frequentador do Rio de Janeiro.

A ligação desse músico inglês cm o Brasil é estritamente musical, sem relacionamento amoroso com brasileiras. Venerando a bossa nova, estabeleceu amizades duradouras com gente com Roberto Menescal e Milton Nascimento, além de gravar discos com Fernanda Takai, cantora do Pato Fu.

Aos 81 anos de idade, o entanto, selou definitivamente a sua ligação com o país de forma inusitada: aceitou fazer parte de um tributo a ele mesmo com os músicos Rodrigo Santos (vocal e baixo, ex-Barão Vermelho e atual Front) e João Barone (bateria, Paralamas do Sucesso).  

Era muito improvável, mas Call the Police fez tanto sucesso na América do Sul que virou uma atividade artística importante para seus integrantes, a ponto de suas turnês internacionais serem incluídas em calendários culturais europeus.

“Claro que era uma coisa despretensiosa, mas e tornou algo prazeroso e relevante, e o Andy Summers adora tocar com a gente”, diz Rodrigo Santos, que celebra o fato de o projeto existir há anos.

Em conversa com o Combate Rock, o baixista contou em detalhes como surgiu a ideia do projeto e como foi a adesão do guitarrista inglês. “A conexão musical dele com Brasil é profunda e ele percebeu que poderia mergulhar no próprio catálogo de forma diferente.”

O Call The Police é mais que uma simples banda tributo. O grupo faz uma celebração honesta do legado do lendário The Police, uma das mais importantes bandas de rock de todos os tempos.   

Em 2017, Summers e Santos, que já haviam tocado juntos em diversos shows, convidaram Barone para a banda, e ele veio com sua técnica e com o nome Call The Police. O repertório é recheado de hits atemporais como “Every Breath You Take”, “Synchronicity II”, “Message in a Bottle”, “So Lonely”, “Roxanne”, “Every Little Thing She Does Is Magic”, entre outras surpresas que o trio prepara para esta próxima turnê.

“É uma dádiva poder tocar e ser amigo de um ídolo de uma das maiores bandas da história. E esse cara está conosco, se divertindo, curtindo, querendo nos levar para vários países. Nos escolheu para sermos a turma oficial que vai rodar o planeta tocando The Police”, comenta Santos.

Um fã incondicional da música brasileira, Andy Summers gravou e dividiu o palco com artistas como Roberto Menescal, Gilberto Gil e Fernanda Takai, entre outros.

 Foi considerado um dos maiores guitarristas de todos os tempos pela revista Guitar Player, e ao lado de Stewart Copeland e Sting, fez parte de uma das mais importantes bandas de rock de todos os tempos.

 Os números não mentem: O The Police vendeu mais de 60 milhões de cópias de seus álbuns, realizou turnês gigantescas por todo o mundo – inclusive desbravando países pouco visitados por grandes bandas – e ganharam diversos Grammys. O músico também integrou por um breve período o lendário Eric Burdon & The Animals. 

Santos, por ua vez, é uma figura crucial do rock brasileiro. Depois de 25 anos como baixista do Barão Vermelho, Rodrigo Santos foi se dedicar a sua carreira solo e outros projetos. 

Tocou com grandes nomes do rock brasileiro, como João Penca e Seus Miquinhos Amestrados, Leo Jaime, Kid Abelha, Blitz, Paulinho Moska, Lobão, entre outros. 

O baixista é considerado por Andy Summers um dos maiores artistas com quem já trabalhou.  Atualmente está dividido entre a carreira solo e a banda Front, que se juntou depois de 40 anos para dar sequência a um trabalho inacabado.

Clique abaixo e escute Rodrigo Santos contar como surgiu a ideia do Call the Police.