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– A cantora inglesa Elles Bailey tem orgulho de ser sofisticada. Faz parte de seu DNA cantando blues, jazz e rock. Se fosse uma atriz, seria uma mistura de Ingred Bergman e Greta Garbo.  E ela esbanja sofisticação no seu último álbum, o recém-lançado “Beneath the Neon Glow”.

Se Taylor arrisca guinando mais para o pop, Bailey investe no tradicionalismo e na versatilidade. No quinto álbum, sua voz atinge um ponto de maturidade impressionante, fazendo com que o ato de cantar seja a coisa mais fácil do mundo.

Seu trânsito por vários gêneros lhe propicia uma gama de possibilidades empurram sua carreira para o topo. É um dos nomes mais estrelados da atualidade na Inglaterra e começa a avançar em território europeu no geral. 

É o seu melhor disco, equilibrado bem produzido, em que a moça canta com paixão o blues britânico, como “Turn Off the News”, ou mostrando um respeito reverente à soul music em “Silhouette in Sunset”, ou mesmo o rock setentista em “1972”

Neste novo trabalhos ela dá mais ênfase à melodia e à produção. As dez faixas são imediatas, quentes e carregadas de gêneros roots, entrelaçando country, soul, pop e americana em sua própria assinatura sonora. Esse som mais viciante adiciona impacto às suas letras. O tema abrangente do álbum examina muitos tipos de amor.

A faixa de abertura “Enjoy the Ride” detalha a atitude da compositora sobre sua própria jornada, em um shuffle country com guitarra slide acústica. O testemunho de Bailey ressoa enquanto um piano pulsante e uma linha de baixo lamacenta fornecem espinha dorsal musical. Um coro de apoio gospelizado entrega o refrão sobre acordes poderosos e palmas. 

“Ballad of a Broken Dream” foi coescrita com Tamara Stewart em 2019. Sua letra narra a história de uma jovem artista cujos sonhos são destruídos pela tragédia. As palavras especialmente pungentes de Bailey são definidas para uma melodia americana polida à la Kim Richey.  

– Dividir o palco com os Rolling Stones e ser apadrinhada pelo guitarrista Warren Haynes e o Gov’t Mule pareciam ser o auge da carreira da cantora Grace Potter, uma musa country que se bandeou para o rock e cometeu alguns dos discos mais legais de rock sulista e hard rock da década passada.

Grace Potter já é uma veterana dos palcos, apesar de não ter muita idade, mas não para de subir de patamar com o apesar dos anos lanlando um álbum melhor do que outro a cada dois aqnos. “Mother Road”, de 2022, já era uma coleção rara de boas canções que transitavam do rock ao blues e à country music sem soar forçado e a toada continua com o recém-lançado “Grace Potter’s Road Trip”, que é ainda mais legal.

Como os nomes dos dois álbuns sugerem, o tema é a estrada e as suas agruras e os bons momentos sme necessariamente cair na armadilha de exaltar a “vida louca” e a zoeira. Potter exalta a vida musical e as performances nos palcos.

Foram suas colaborações com o Gov’t Mule e Haynes que chamaram a atenção para a sua versatilidade, principalmente em uma versão sensual e dramática de “Gold Dust Woman”, registrada em uma das modalidades do álbum “Shout!”.

Não demorou muito para que surgisse o convite dos Rolling Stones para dividir o palco em um show em Chicago em 2015, onde ela arrasou na icônica música “Gimme Shleter”;

A fama foi crescendo a cada bom álbum que lançou, a mesmo tempo em que se engajava em causas sociais, coo concertos e lives para arrecadar fundos para pessoas em situação de vulnerabilidade por causa da pandemia de covid-19 e por conta de desastres naturais que devastaram a Costa Leste norte-americana.

A segunda parte do combo da estrada de Potter transpira descontração e um certo descompromisso  artístico, o que dá um ar bem informal em algumas canções, como “Ready Steady, Go”. 

Ttoalmente segura do que pretendeu, a cantora brinca com a voz e faz experimentos sonoros não muito ousados, mas totalmente em consonância com a proposta de exaltar a sua versatilidade. Fez questão de oferecer algo cada vez mais pop e menos rock sem que deixe suas características de lado. 

A dobradinha de “Good Time” e uma nova versão de “Mother Road” deixa tudo com cara de festa, com guitarras sacolejantes e um clima dançante, enquanto que “Empty Heart” surge como um dosmomentos reflexiivos da cantora.  Há outros bons moentos que ecplicitam que a cantora vive o seu melhor período como compositora.

– A cantora Madeleine Peyroux costuma se surpreender quando é chamada de “nova expoente do jaz americano” mesmo depois de nove aclamados discos de estúdio e d ter acabado de completar 50 anos de idade.

Não deixa de ser uma distinção em relação à experientes e bemsucedidas Stacey Kent, Eliane Elias e Diana Krall, que já saboreiam o sucesso há algum tempo.

Ao lado da copatrota Melodie Gardot, mais de uma década mais nova, Madeleine integra um seleto grupo de cantoras que apostam na sofisticação do jazz clássico e no formato de canção tradicional para cativar um público exigente e rerquintado.

“Let’s Walk” é o seu décino trabalho autoral e se ostra bastante à vontade em um repertório mais eclético e interessante, fruto de colaboração com o compositor e músico Joe Herington, com quem reabalha há um bom tempo.

Ela continua a abrir novos caminhos e “Let’s Walk” reflete um crescimento artístico contínuo raramente visto por veteranos na indústria musicaln (curiosamente, deste ponto de vista já é considerada uma veterana por alguns críticos musicais)..

O álbum foi  coproduzido por Peyroux e pelo guitarrista  Herington, com a preciosa ajuda de Elliot Scheiner, que também foi engenheiro de som. 

Juntos, eles criaram um grupo ousadamente diverso de músicas com arranjos simpaticamente esparsos que apenas realçam a voz extraordinária de Peyroux e a entrega artística de todos.

A aposta foi na simplicidade de arranhos e de texturas, já que a voz dela é a grandde protagonista, como na bela “Find True Love”, que logo deve se tornar um ckássico do jazz com influênciassulistas deliciosamente embaladas pelo violão acústico de Herington.

Andy Ezrin é complemento admirável ao time de músicos, doinando completamente os mais variados teclados – piano, órgão Hammond, Vox Continental, harmônio, Rhodes, Wurlitzer e sinos orquestrais emanados de sintetizadores. O baixista Paul Frazier e o baterista Graham Hawthorne fecham a banda extremamente azeitada.

Embora o álbum eaplhe um pouco de luminosidade e suavidade bem ao gosto do cancioneiro clássico americano, há algumas exceções, como a lúgubre e sombria “I Wish”, qe esbajna certa melancolia. 

A introdução vocal gospel em “Let’s Walk” apresenta Catherine Russell, Cindy Mizelle e Keith Flit, e eles complementam perfeitamente a entrega de Peyroux. A 

Quando chegamos em “Please Come On Inside”, uma energia inconfundível está em exibição. Toques de pedal de volume, passagens de Fender Rhodes e passagens vocais ousadas de Madeleine Peyroux pontuam a música. 

A guitarra e o solo inesperados da talk box só aumentam o mistério da música, que espanta quem imaginava ser mais uma canção recheada de sofisticação e delicadeza. É a melhor de um trabalho de altíssima qualidade. 

“Blues for Heaven” é um blues enérgico e delicioso onde o violão acústico de Herington, o órgão Hammond de Ezrin e o baixo de Frazier fornecem uma base bluesy descontraída para mais um vocal dinâmico de Peyroux. Os vocais de apoio polvilhados criam um contraste envolvente.

“Et Puis” nos leva a Paris com suas letras em francês e o delicado violão acústico de Peyroux. “Nothing Person” na verdade parece bastante pessoal, e sua música pensativa combina com as letras envolventes.  “Showman Dan” dá uma levantada no astral e aborda temas relaciondos à auto-ajuda, mas sem abuso. É o sol voltano a brilhar em “Let’s Walk”. 

Ao chegar ao curioso tema final e espantoso, “Take Care”, va sensação é de que o jazz foi resgatado de várias maneiras e icorporou diversops estilos, pareendo muito vivo e pujante. É reconfortante saber que o décimo álbum da cantora é o melhro que ela já lançou, indicando que sia evolução é constante.