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Ian McDonald (FOTO: DIVULGAÇÃO)

Ian McDonald gostava de brincar que tinha sido o cérebro do King Crimson – mas não era brincadeira. Ele ria, mas acreditava piamente nisso. Pena que o guitarrista Robert Fripp não concordava e tinha suas próprias definições de liderança intelectual – aplicadas a ele mesmo, é claro. A promissora parceria não durou muito e, anos mais tarde, se aventurou a criar uma lenda do pop rock, o Foreigner.

Flautista, saxofonista, tecladista, letrista e eventualmente violinista e cantor que fazia vozes adicionais, McDonald foi um dos fundadores da excepcional banda de rock progressivo e morreu nos Estados Unidos nesta sexta-feira (11), aos 75 anos, sem que as causas fossem reveladas inicialmente. Mais tarde um dos filhos revelou Quando a família coloca nas redes sociais que ele morreu “em paz e cercado por parentes” é porque havia muito tempo estava doente.

No começo ele e Fripp se davam muito bem, tanto que foi McDonald que formatou a ideia inicial do King Crimson quando o guitarrista o chamou depois do fim do trio psicodélico Giles, Giles & Fripp. Com Michael Giles na bateria, o novo grupo estava formado, que viria a ser acrescido do baixista prodígio Greg Lake, que também cantava maravilhosamente bem. Era o final de 1968.

McDonald ficou apenas um ano na banda, inconformado com a liderança quase despótica de Fripp, que apoiava a utilização de letras do poeta Pete Sinfield, que também era responsável pela iluminalão de palco e considerado um integrante oficial da banda.

Ainda assim, participou da escrita e produção de todas as faixas do disco de estreia, “In the Court of the Crimson King” (1969), e também em alguma coisa do disco seguinte, “in the Wake of Poseidon” (1970), que seria o último de Lake. Mais tarde, participou do disco “Red” (1975), por sua vez o último lançamento da primeira fase do King Crimson.

Em seguida, McDonald se apresentou com os nomes McDonald and Giles (Michael Giles, que ficou pouquíssimo no Crimson) e Foreigner. Nesta última, trabalhou nos três primeiros disco. Contudo, o músico foi dispensado por Mick Jones em 1980.