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O rock mais extremo encampou o apoio aos ucranianos na invasão russa desde o começo e “forçou” o mundo musical a se posicionar diante da maior ameaça à humana desde a guerra fria. mais de um mês da vil agressão à Ucrânia, o classic rock está dando o recado duro contra destruição proporcionada pelo ditador Vladimir Putin.

Nas últimas semanas, Deep Purple, The Who e Judas Priest dedicaram shows, discursos e apoio em geral aos refugiados ucranianos – mais de 10 milhões, sendo 4 milhões já fora do país – ao próprio país. A novidade agora é a ressurreição do Pink Floyd, que acabou em 1994, mas oficialmente mesmo, só em 2015.

“Hey Hey Rise Up” terá os rendimentos doados ao fundo de ajuda humanitário da Ucrânia. É o primeiro lançamento inédito da banda desde o disco “Endless River”, de 2015, que é uma colagem de sons descartados do disco “The Division Bell”, de 1994, com o acréscimo de algumas guitarras evocais em apenas duas canções.

A ressurreição do Pink Floyd para esse evento reuniu o guitarrista David Gilmour, o baterista Nick Mason, o baixista e guitarrista Guy Pratt e o multi-instrumentista Nitin Sawhney, os dois últimos músicos contratados desde sempre. Há também a participação do cantor ucraniano Andriy Khlyvnyuk – ele recentemente teve que abandonar sua turnê pelos Estados Unidos para retornar à Ucrânia para lutar pelo país.

Nas redes sociais, Gilmour disse que tem nora e neto ucranianos, e criticou duramente o conflito. “Nós, como muitos, temos sentido a fúria e a frustração desse ato vil de um país democrático independente e pacífico sendo invadido e tendo seu povo assassinado por uma das maiores potências do mundo.”

O guitarrista vinha dando indícios de que iria fazer alguma para a apoiar a população do país invadido, mas surpreendendo ao lançar música sob o nome Pink Floyd.

“Nós, como muitos, temos sentido a fúria e a frustração desse ato vil de um país democrático independente e pacífico sendo invadido e tendo seu povo assassinado por uma das maiores potências do mundo., finalizou o guitarrista

O ex-companheiro de banda e desafeto Roger Waters, baixista, também demorou para se manifestar, mas também fez campanha para arrecadar dinheiro para ajudar os refugiados, além de gravar ao vivo no estúdio, ao violão, algumas canções em homenagem às vítimas.

Algumas semanas antes, The Who fez um show acústico no Royal Albert Hall, em Londres, em benefício à instituição Teenage Cancer Trust. A música “Beads Are Strings”, do último álbum, “WHO”, de 2019, foi dedicada também aos refugiados, com direitos revertidos às instituições de ajuda às vítimas. Várias bandeiras da Ucrânia foram exibidas nos telões.

Também no palco, em sua atual turnê norte-americana ao lado do Queensryche, o Judas Priest dedicou shows, músicas e discursos contra a guerra e a favor dos ucranianos.

Nas rede sociais, Ian Gillan (vocal) e Ian Paice (bateria), do Deep Purple, foram contundentes ao condenar a invasão russa e sinalizaram que estão dispostos a ajudar, de alguma forma, na causa ucraniana. “Precisamos lutar pela paz. É inacreditável que gene da destruição se manifeste em pleno século XXI, em 2022”, escreveu Gillan.