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O Kiss acabou, e precisamos acreditar isso. Depois de ameaças várias de aposentadoria nos último anos e e de uma internação recente por conta de forte gripe do vocalista e guitarrista Paul Stanley, de 71 anos, paree que finalmente o quarteto americano de rock pesado chega ao fim.

Na noite de 2 de dezembro de 2023, o Kiss encerrou a sua turnê de despedida com um show penas mediano no Madison Square Garden, em Nova York, arena esportiva que é sinônimo de excelência em apresentações musicais.

Nada de inovação, surpresas, espetáculos em apetrechos. A suposta última apresentação da banda com seus dois fundadores teve alguma reverência, mas nada demais ou de emocionante. Apenas o fim.

Não foi a primeira vez que a banda anuncia uma “despedida”, descontando-se as jogadas de marketing. Foi assim em 1998, quando a banda lançou “Psycho Circus”, disco de inéditas, e decidiu fazer uma turnê final de carreira recrutando o antigos companheiros Peter Criss(bateria) e Ace Frehley (guitarra).

Marketing puro, já que dois anos depois a banda estava de volta aos palcos do mundo. Só que, na época, Gene Simmons (vocais e baixo) e Stanley (vocais e guitarra) tinham 50 anos de idade.

Os clichês do momento exigem que se diga: é o fim de uma era. Nenhum artista levou a extremos o marketing selvagem no entretenimento. Elvis Presley e os Beatles inauguraram a era da comercialização da imagem e da venda de tranqueiras, mas o Kiss potencializou isso ao máximo e colaram ua imagem à do sonho americano em toda a sua plenitude.

Dram sorte também ao venderem de tudo em uma época em que nunca se consumiu tanta cultura popular como nos anos 70 e 80. Se artisticamente eles oscilaram naquelas décadas complicadas, comercialmente sempre estiveram em evidência.

Isso não ofusca uma verdade inquestionável: em um momento em que o rock estava na encruzilhada, com o punk rock forçando uma mudança de ares, o Kiss manteve a chama e se tornou a porta de entrada para o gênero musical quando a música pop se tornava uma força imparável de mercado.

O rock já era arte e cultura, mas se tornou um ferramenta comercial relevante e potente graças ao marketing agressivo do Kiss. E a banda se tornou extremamente relevante por formar toda uma geração de apreciadores de rock, e principalmente de rock pesado.

O Kiss encerra uma jornada gloriosa de 53 anos – e esperamos que finalmente encere as atividades de sua formação última, com os dois fundadores fechando a porta dessa ótima trajetória. E que não proliferem ideias de “franquias” oficiais com músicos contratados, ou avatares (seja lá o que sejam isso) como o donos da banda anunciaram ao final do show de Nova York.

O Kiss acabou, e devemos celebrar o maravilhoso legado deixado por um dos maiores ícones pop d todos os tempos. E que passemos longe das embromações e picaretagens que virão em seguida.