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 – Sacrifix – Com uma urgência que nenhuma pandemia conteve, a banda paulistana lança um EP com três faixas mesmo com um álbum lançado há pouco mais de um ano. “The Limit of Thrash” é forte e coeso, com um instrumental muito bem calibrado e um elogiável trabalho de guitarras. é thrash metal moderno e com boas doses de violência, como em “Thrash Again”, que honra o nome. “no Limite da Força”, versão para um clássico do Anthares, é uma grata surpresa e transforma totalmente a canção. 

– Blockedchain – Rock inclassificável, mas com músicas pesadas. Há passagens eletrônicas em demasia, o que remete à vezes a Prodigy e Ministry, mas, para a sorte de quem curte música mais orgânica, as guitarras predominam. É um metal industrial cheio de arranjos e passagens complicadas no CD “Omni Vision”, em que à vezes dá para perceber pitadas de cyberpunk. Influências de Daft Punk? Certamente que sim. Ouça as boas “Self-Denial” e “Buffer Overload”.

– Alefla – Banda do Vale do Paraíba, em São Paulo, mostra persistência e perseverança em “Unbreakable”, que traz um metal imponente, embora bastante derivativo – o que não chega a ser um defeito. É metal tradicional que esbarra no thrash metal, como na boa “December”, e envereda por outras praias, como o prog nem tão ostensivo de “Prayer for Your Soul”. 

– Final Disaster – Uma das bandas brasileiras promissoras da década passada lança o bom álbum “Halls of Despair” com um trabalho primoroso de arranjos e jogos vocais entre Kito Vallim e Deborah Moraes. Ainda que a banda demore entre lançamentos cheios, dá para dizer que este é o melhor trabalho do grupo, com um excelente repertório que reúne diversas influências que vão do moderno metal europeu à variedade do extremo dos Estados Unidos. “Another Victim” é uma pancada, enquanto “Turn It Off” tem boas sacadas na timbragem das guitarras – e é bastante pesada. “blood Red Creation” é a música mais diferente, digamos assim, mas é um diferencial de uma banda que está evoluindo muito.

– Psicosferas – O guitarrista Fabricio Oliveira não é tão conhecido no mercado roqueiro nacional, mas sua agendinha de telefones e as amizades que cultivou compensam a “deficiência”. os amigos Ivan a Andria Busic (bateria e baixo/vocal), ambos do Dr. Sin, deram uma baita força em “Psicosferas” e colocaram o nível lá em cima em temas que podem ser categorizados como um rock psicodélico com acentos setentistas. Outros guitarristas, como Thiago Mello (Dr. Sin e Milton Medusa (Medusa Trio) apareceram para dar um molho mais sutil ao som despojado de Oliveira e o resultado é bem agradável, embora sem novidades. “Vitriol”, “Fogo Sagrado” e “Sintonia” são os destaques.