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Ciro Pessoa vive, e mantê-lo “vivo” é uma das missões do cantor, violonista e guitarrista Fernando Ceah, que ganhou relevância ao longo dos anos com a banda Vento Motivo. Ele prepara seu primeiro disco solo e acaba de lançar o segundo single, “O Azul”, de autoria de Pessoa.

Mais pop do que rock, é uma canção ensolarada que fala de resiliência e positividade, algo bastante presente na obra do ex-titã, que morreu em 2020, aos 62 anos, vítima da covid-19. 

‘O Azul’ foi gravada nos Estúdios Curumim com produção de Vini Merola e chega às plataformas digitais pelos selos Curumim Records e Orangeira Music, o primeiro dessa nova parceria.]

A forte ligação entre Fernando e Ciro transparece em cada nota do single. O selo Curumim, criado e gerido por Ceah, deu grande suporte aos últimos trabalhos de Pessoa, sendo responsável pelo lançamento do álbum póstumo do veterano artista.

Com clima de verão, ‘O Azul’ flutua entre o pop rock e nuances de MPB como sonoridade à carga poética da música do compositor Ciro Pessoa. A letra relata um desencontro amoroso de forma lúdica, sem dor nem sofrimento, mas com emoção, resiliência e positividade.

“O Azul” é uma composição quase inédita de Ciro, gravada originalmente por ele em 1996, mas nunca lançada. A música só veio a público em 2019, quando a Curumim Records disponibilizou todo o catálogo do Ciro nas plataformas.

Ceah conta que foi o próprio Ciro que sugeriu a Fernando gravar “O Azul”. “Ele me disse: ‘Olha essa música. Eu nunca trabalhei ela, e é a sua cara. Queria que você a gravasse do seu jeito”.

A bateria e baixo bem casados dão o molho certo para a batida do violão que embala esta interpretação sincera e emocionada de Fernando Ceah, que chega acompanhada de um belo clipe produzido por Isabelle Andrade, traduzindo em imagens reais as fotografias poéticas de Ciro Pessoa.

Como produtor executivo do documentário “Quem É Ciro Pessoa?” e de sua trilha sonora, gravada pela banda Flying Chair, Fernando Ceah exalta as qualidades do trabalho do amigo. “Sou fã de rock nacional e me encantei com a geração dos anos 80. Eu lia o nome dele nos encartes dos discos e ficava admirado de ver como aquela mente criava canções espetaculares. Jamais imaginei que fosse conhecê-lo pessoalmente um dia e, quem diria, ficamos amigos e cantei com ele em disco e em shows. Minha ligação com ele sempre opi muito forte.”